TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS
Para iniciarmos esta leitura, estamos falando de uma doença que tem como característica básica ser progressiva, incurável e de terminação fatal quando não tratada ou paralisada.
Pode ser assustador iniciarmos esta explanação abaixo, mas após anos de estudos e pesquisas, ou não se encontrou, ou a sociedade científica ainda não forneceu às pessoas uma vacina, um remédio ou a comprovação de um tratamento que leve a pessoa à “cura” propriamente dita, com desfecho positivo, muito comum a outras patologias.
O que dispomos no mercado de saúde mental são tratamentos muito eficazes, que em conjunto com a pessoa beneficiada poderá atingir níveis ótimos e muito eficientes, promovendo sua recuperação contínua e qualidade de vida, caminhando para um prognóstico saudável do ponto de vista clínico terapêutico.
O conceito de Transtorno por Uso de Substâncias definido pela OMS – Organização Mundial de Saúde fala:
“Estado psíquico e algumas vezes físico resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância, caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre incluem o impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou periódico com a finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos e, algumas vezes, de evitar o desconforto da privação”.
Seguindo essa definição, já o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V) define:
“Transtorno por Uso de Substâncias como um padrão mal adaptativo do uso de substâncias, levando a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, caracterizado pela presença de três ou mais dos critérios a seguir:
- Pelo período de um ano, tolerância a necessidade de quantidades maiores para obtenção do mesmo efeito ou menor intensidade do efeito com a dose habitual;
- Abstinência que é a síndrome com sinais e sintomas típicos de cada substância, que são aliviados pelo consumo;
- Consumo por período de tempo mais prolongado e em quantidades maiores que o planejado;
- Desejo persistente de uso e incapacidade para controlá-lo;
- Muito tempo gasto em atividades para obtenção da substância; redução do círculo social em função do uso da substância;
- Persistência do uso da substância, apesar de prejuízos clínicos. ”
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-11 F19):
“O Transtorno por Uso de Substâncias caracteriza-se pela presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos, indicando que o indivíduo continua utilizando uma substância, apesar de problemas significativos relacionados a ela.”
De acordo o psicólogo Hiram Ravache a definição para Transtorno por Uso de Substâncias é a seguinte:
“Patologia provocada pelo contato com substâncias químicas, que se caracteriza pela incapacidade do indivíduo de evitar o seu uso e/ou interromper o consumo, uma vez iniciado, ou que este contato traga alteração em alguma das áreas vitais do indivíduo, tais como: física, psíquica, espiritual, relacionamentos sociais e profissionais.”
Para entender a definição do que é ser um dependente por uso de substâncias psicoativas, é necessário que tenhamos disponibilidade de absorção do seu sólido conceito e todo seu desenvolvimento teórico e prático.
Desde 2001, o Transtorno por Uso de Substâncias encontra-se nas classificações de transtornos psiquiátricos, considerada uma doença crônica, mas possível de se tratar. Quando citamos como crônica, já existe um conflito e discussão a respeito, por ser uma doença com características de evolução progressiva, resultando em diversas mudanças de comportamento, de forma agressiva muitas vezes, em resposta a proteção que a pessoa faz com relação ao seu objeto de escolha, que é a substância psicoativa.
Algumas famílias de dependentes por uso de substâncias psicoativas, diante da sociedade e seus preconceitos, em muitos casos, sentem vergonha de ter um membro de sua família que passou a trilhar um caminho que jamais pensaram que pudesse ocorrer naquele seio familiar.
As substâncias psicoativas podem fazer com que os usuários passem a ter uma relação de prazer, um dos resultados dessa relação seria o de mascarar vazios existenciais – A instalação da falta simbólica cria no sujeito, a possibilidade inconsciente de vivenciar a ideia de completude, porém, independente de qual seja o objeto, ele não irá suprir essa falta. Durante o uso as frustrações deixam de existir, isso nada mais é do que uma ilusão, sendo este um momento passageiro. A pessoa se torna dependente por uso de substâncias psicoativas quando passa a consumir em maior quantidade à medida que o efeito ilusório termina, aumentando a frequência do uso, assim sucessivamente…Instala-se um ciclo vicioso caracterizando um comportamento obsessivo compulsivo, traço importante em um adicto.
Hoje no Brasil, existem 03 formas ou modelos reconhecidos por Lei Federal, para se realizar uma internação de qualquer pessoa.
Segundo a Lei 10216/01, também conhecida por Lei Paulo Delgado, esta norma trata a respeito de internações, dos temas sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mental, problemas com uso abusivo de substâncias psicoativas, álcool e medicamentos, dispondo de 03 tipos específicos e conhecidos para se realizar uma internação, para tratamento.
Internação VOLUNTÁRIA
É quando realizada com o consentimento da pessoa.
A própria pessoa é quem solicita ou está disposta de forma voluntaria a própria internação.
O consentimento ocorre no momento da internação ou admissão, onde a pessoa deverá assinar termo de consentimento – declaração, que optou por iniciar sua internação e proposta de tratamento. Este modelo é válido para qualquer modelo ou tipo de abordagem, em qualquer local que ofereça o mínimo necessário para um tratamento adequado.
O término do tratamento pode ocorrer, tanto através da alta médica, ou através de solicitação da própria pessoa.
Internação COMPULSÓRIA
É quando realizada sob determinação pelo Poder Judiciário.
Sendo por determinação da Justiça, a internação compulsória, ocorre quando, diante da falha de outros meios de tratamentos alternativos.
Deve ser respaldada através de laudo médico especializado que deverá prescrever o tratamento.
Neste formato, mesmo que exista um familiar para ser responsável pela pessoa, é o Estado que se responsabiliza por todo processo do tratamento.
Internação INVOLUNTÁRIA
É quando realizada sem o consentimento da pessoa.
Este modelo de internação pode ser solicitado quando o indivíduo em questão perde o próprio discernimento e o senso crítico, ao se expor a perigos e colocando não apenas sua vida e sua segurança em risco , mas as das demais pessoas com quem se relaciona, ou até mesmo da sociedade em que vive.
A internação involuntária é acionada por familiares com vínculo de parentesco consanguíneo (pais, filhos, irmãos ou avós), que assinarão uma autorização ou o cônjuge com documento de estado civil declarado.
O pedido deverá estar acompanhado de avaliação médica, que deverá emitir laudo constando a necessidade da internação.
Nesse tipo de internação, o pedido poderá ser feito e solicitado, diretamente e apenas, para internação em locais devidamente especializados na patologia.
Após iniciada a internação, o estabelecimento, através de seu responsável técnico, deverá em até 72 horas, tanto na entrada como na saída do paciente, comunicar ao Ministério Público Estadual, o tipo de internação realizada.
Como se dá um funcionamento correto de uma clínica voltada para o tratamento de pacientes com transtornos por uso de substâncias e algumas outras notas importantes a respeito do tema.
O tratamento dos pacientes que apresentam algum transtorno relacionado por uso abusivo de drogas ilícitas, lícitas, álcool, tabaco ou medicamentos devem procurar uma clínica especializada que trabalham com essas demandas especificamente, contenha uma equipe formada por profissionais como; psiquiatra, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros.
Em algumas clínicas especializadas aliam-se aos profissionais de saúde consultores em dependência química, geralmente responsáveis por grupos de AA/NA, porém, o foco do tratamento não é a programação dos “12 Passos”, mas ela está inclusa. Os atendimentos psiquiátricos são individuais assim como os psicológicos. Além disso geralmente oferecem-se grupos terapêuticos diários, além de grupos de conscientização sobre a doença. As clínicas mais preparadas oferecem atividade física supervisionada por professores de educação física, bem como programas detalhados para projetos de vida e retomada de atividades funcionais na vida de cada paciente.
Com relação ao tratamento da família, que participa e acompanha seu familiar que está em tratamento, em muitos locais, modelos e abordagens acadêmicas, são classificados como “codependentes” da pessoa que está adoecida. Para estes familiares é sugerido a busca de ajuda especializada para acolhimento e orientação, tais como: grupos de apoios aos familiares, como ALA-NON e NAR-ANON, a até mesmo, profissionais de saúde especializados neste trabalho. Para os familiares próximos as consequências promovidas pela manifestação da doença, buscar ajuda e acolhimento, como uma forma de aceitar e entender, sobre as condições da pessoa adoecida e em tratamento, fornece na maioria dos casos a compreensão, sobre as questões e situações, semelhantes ou diferentes as que estavam vivendo.
As clínicas e locais especializados que são voltados para o tratamento do transtorno por uso de substâncias devem estar inscritos sob o registro do RDC50. A instituição que trabalha com essa especialidade, necessita ter incluso na inscrição estadual, junto com o CRM do médico clínico ou psiquiatra responsável pelo estabelecimento e estar inscrito no CNES. Em caso de alguma intercorrência, independentemente, se a direção for técnica ou clínica, quem responde por toda sua funcionalidade é o médico clínico ou o psiquiatra responsável.
Continuando nas diferenciações de como o transtorno por uso de substâncias é visto por diversas vertentes, a teoria-cognitivo-comportamental TCC, endossa que a dependência é um fenômeno complexo e, que para o tratamento, deve-se dar ênfase a seus diferentes aspectos ou condições, sendo que cada paciente deve ser examinado em sua particularidade. O clínico deve buscar o foco do seu trabalho que é, auxiliar o indivíduo, buscando as modificações de comportamento que é facilitadora da dependência. Assim o profissional irá se utilizar de ferramentas terapêuticas necessárias na busca de resultados através de evidências.
A funcionalidade de cada método escolhido para o tratamento de pacientes com o transtorno por uso de substâncias, não pode excluir a função das outras linhas da psicologia ou terapias alternativas e holísticas existentes no segmento da saúde, para aplicação em qualquer tipo de tratamento. Todas as abordagens, metodologias e disciplinas utilizadas têm como objetivo primordial e único, estarem conjuntas e alinhadas para auxiliar no tratamento proposto, com bases clínicas e psicoterapêuticas.
Em toda a questão sobre o transtorno por uso de substâncias, que deverá estar embasada nos pontos legais e, a forma que se dá, no ambiente de trabalho, a Organização Mundial de Saúde, juntamente com outras entidades, realizou estudo, no qual ficou demonstrado que o uso crônico de substâncias psicoativas é uma das doenças que mais causam danos à pessoa.
Antes de decidirmos qual metodologia ou abordagem devemos utilizar e aplicar para quem necessita se tratar do transtorno por uso de substâncias, segue aqui alguns conceitos básicos e imprescindíveis que contribuem na decisão de qual caminho seguir.
Realizar uma internação é bem diferente de optar por um plano de tratamento, são duas propostas antagônicas e similares em sua linguagem, quando empregadas em uma conversa de consultório, num aconselhamento de pais ou familiares e até mesmo na discussão de casos entre profissionais especializados.
Quando optamos por uma internação, estamos retirando o indivíduo, aquela pessoa que está sofrendo com a doença, da situação de vulnerabilidade que se encontra para levar a um local que vai propiciar cuidados básicos necessários para preservar sua vida e aliviar o sofrimento da família, como se fosse um pronto-socorro. Poderíamos dizer que este seria o início do processo de tratamento.
A internação pode ter uma duração curta específica para aliviar os sintomas agudos, prejudiciais e destrutivos provocados pelo uso de substâncias psicoativas, tendo um caráter pontual e imediato para este momento, nestes casos a intervenção pode ter duração de 15 a 30 dias. Encontramos vários exemplos de muitos pacientes que possuem diversas tentativas e incontáveis internações de curta duração em seu histórico. A internação nestes casos pode ser uma opção para desintoxicação, limpando o organismo, aplacando os sintomas de abstinência e estabilizando temporariamente o sofrimento e angústia da pessoa e seus familiares, criando uma falsa ideia de melhora de seu quadro clínico. Este modelo de internação, existe como opção no mercado de tratamento deste transtorno e são ofertadas e realizadas em hospitais, clínicas especializadas, comunidades terapêuticas e ambulatórios.
Não podemos julgar ou termos preconceitos se a opção da pessoa que está sendo tratada, for pela desintoxicação, pois muitas vezes é desta forma que iniciamos o processo de mudança para escolha de novos hábitos. Estar disponível a mudanças profundas surge de forma pessoal, e muitas vezes é uma escolha particular e singular de cada indivíduo. Pode demorar dias, meses ou até mesmo anos e décadas. As pessoas são diferentes entre si, cada caso é diferente do outro.
No caso da opção pelo tratamento de período prolongado, a qualidade da atenção ao transtorno por uso de substância tem melhores resultados, é efetivo para reduzir ou interromper o consumo de substâncias psicoativas. Dentro da prevenção de danos, promove a melhora da saúde clínica dos usuários, bem como seu funcionamento social. Neste modelo, a primeira intervenção é a retirada do indivíduo da sua desvirtude, a compulsão do uso de substâncias, para depois, iniciar o processo de escolha de metodologia para abordagem, de um plano de tratamento que tem como característica ser exclusivo e individualizado para a pessoa com suas peculiaridades e diagnósticos.
São inúmeros modelos, métodos e formas, ofertadas de abordagens utilizadas para cuidar desta doença.
Nos EUA, existe uma instituição de pesquisa e análise sobre esta doença e suas consequências, o NIDA – National Institute on Drug Abuse, ela fornece um material elaborado após anos de investimento em pesquisa e estudo, o famoso “13 Princípios Básicos do NIDA” , que indicamos aqui com um ótimo guia e critério, muito específico, relacionado a como decidir e escolher, a metodologia e formato de tratamento, para o transtorno por uso de substâncias.
NIDA
National Institute on Drug Abus
National Institute of Health
Instituto Nacional de Abuso de Drogas – NIDA, é a principal agência federal dos EUA, de apoio à pesquisa científica sobre o uso de drogas e suas consequências. Sua missão é avançar a ciência sobre as causas e consequências do uso e dependência de drogas e aplicar esse conhecimento para melhorar a saúde individual e pública.
OS 13 PRINCÍPIOS DO NIDA RELACIONADOS AO TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS
- Um único tratamento não é apropriado para todos os indivíduos;
- O tratamento precisa estar prontamente disponível;
- Um tratamento eficaz é aquele que atende às diversas necessidades dos indivíduos e não apenas ao uso de drogas;
- O tratamento de um indivíduo e o plano de serviços devem ser continuamente avaliados e modificados quando necessário para garantir que o plano atenda às necessidades mutantes da pessoa;
- A permanência no tratamento por um período adequado de tempo é essencial para sua eficácia;
- Aconselhamento (individual e / ou em grupo) e outras terapias comportamentais são componentes cruciais para um tratamento eficaz;
- Medicações são elementos importantes no tratamento de vários pacientes, especialmente quando combinadas com aconselhamento e outras terapias comportamentais;
- Indivíduos com distúrbios mentais que sejam dependentes das drogas devem ser tratados de maneira integrada de ambos os problemas;
- Desintoxicação médica é apenas o primeiro estágio do tratamento e por si mesma contribui pouco para mudança a longo prazo de uso de droga;
- O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz;
- O possível uso de droga durante o tratamento deve ser monitorado continuamente;
- Programas de Tratamento devem proporcionar avaliação para AIDS/ HIV, Hepatite B e C, Tuberculose e outras doenças infecciosas e Aconselhamento para ajudar pacientes a modificarem comportamentos de risco de infecção;
- A recuperação do Transtorno por Uso de Substâncias pode ser um processo a longo prazo e frequentemente requer vários episódios de tratamento.
Entendemos que a utilização de um método com diversas disciplinas em conjunto, com trabalho da equipe de forma sistêmica e integrada, em comum acordo com os familiares e a pessoa que está se tratando, pode resultar, na maioria das vezes, na melhor opção de escolha de método e abordagem, promovendo sua eficácia em direção a seus objetivos.
A simples internação como técnica e ferramenta, me muitos casos, sozinha como método único, sem um programa de tratamento individualizado e exclusivo, para caso a caso, não terá nenhuma eficácia, em médio e longo prazo, e em muitos casos, as pessoas que apenas se internam, geralmente, retomam o padrão de uso, já conhecido – e aqui não tratado, com episódios de novas recaídas no uso de SPA ou falta de qualidade em suas vidas que, consequentemente, provocam muitas vezes a retomada ao seu antigo padrão de volta compulsiva no uso de substâncias psicoativas.
A internação faz parte inicial do processo para desencadear e estimular, a disponibilidade da pessoa, agora após ser internado (fase inicial), já sem o efeito do uso de substâncias psicoativas, em sua mente e seu corpo, fornecendo uma melhor perspectiva a esta mesma pessoa, utilizar-se das abordagens oferecidas em seu projeto de tratamento.
Portanto, internar somente como escolha de parar de usar substâncias nocivas a sua saúde, como álcool, outras drogas e medicamentos, não oferece resultado prático, quando não seguido da opção de programa de tratamento específico, que poderá ajudar nesta mudança de hábito e, consequentemente, proporcionar a qualidade de vida tão esperada.
A escolha de qual tratamento e não o local para internar, sempre será a primeira decisão a ser tomada.
A escolha ideal para ofertar um tratamento específico para qualquer pessoa deverá passar primeiro por uma avaliação, por um profissional da área de saúde, especializado no tema da dependência química e suas comorbidades, para avaliarmos a gravidade da doença naquela pessoa, diante dos sintomas apresentados no indivíduo. Inicialmente, sempre verificado seus sintomas, qual o nível de gravidade, se é moderada, preocupante, intensa, aguda ou crônica, para poder traçar a escolha ideal, de qual metodologia e abordagem para cada necessidade no caso a ser tratado.
Muitas vezes é importante lembrar que em determinados casos agudos, a segurança e a preservação da vida da pessoa vem em primeiro lugar, de imediato, para na sequência, imediatamente, assim que tivermos as condições possíveis, ser realizado uma avaliação adequada, com bases científicas da situação em que se encontra o estágio e manifesta da doença naquela pessoa. É fato, que em algumas situações, seus familiares ou a própria pessoa, não dispõe de tempo para procura de consulta com uma avaliação precisa e encaminhamento, para depois escolher o método ideal. Em diversos momentos e situações, a doença ataca de forma crítica, profunda e severa, colocando em risco a todos envolvidos com a patologia da dependência química e suas comorbidades.
Após realizado esta tarefa inicial de avaliação do caso, chamado muitas vezes, de diagnóstico inicial diante da queixa para procura de tratamento, e após, realizado a indicação e/ou encaminhamento para iniciar-se um tratamento, seja este tratamento qual for escolhido, em alguns casos, se faz necessário algumas opções conjuntas de tipos de modelos para o trabalho, visando a melhora e qualidade de vida, como por exemplo, o atendimento em ambulatório especializado, uma desintoxicação curta e rápida promovendo o trabalho ambulatorial, com melhor crítica por parte da pessoa por parte do paciente, ou até mesmo, um internação visando o início da abstinência completa e um projeto de tratamento específico.
O tratamento utilizando em hospitais psiquiátricos especializados, clínicas especializadas em dependência química e suas comorbidades, comunidades terapêuticas humanizadas e profissionais, ambulatórios profissionais, residências terapêuticas, serviços públicos de atendimento especializado, entre outras instituições e grupos de alto e muito ajuda sem fins lucrativos, sempre disponíveis em diversas cidades do Brasil e exterior, fica certo, que para o tratamento ter eficácia passa por algumas bases de escolha de método e abordagem: uso de ferramentas e técnicas baseadas em pesquisa e certificado científico, aplicação de técnicas medico-psiquiátrica, ajuda medicamentosa (na maioria dos casos), atendimento psicoterapêutico e utilização de outras terapias alternativas eficazes e comprovadas, que em trabalho conjunto, fornecerão de escolha ideal para tratamento ser eficaz e duradouro.
Este tratamento precisa fornecer a pessoa que nele está envolvida, o trabalho técnico-científico sim, mas sempre aliado a conceitos de acolhimento humanizado, em diversos setores e áreas de atuação na vida desta pessoa. São elas: suas áreas clínicas biológicas, sua boa saúde mental e psíquica, um trabalho de conscientização e despertar espiritual, novas formas de abordagem nos seus relacionamentos familiares e interpessoais, avaliações e projetos de vida em sua área de trabalho, ocupação, setores como qualificação e retomada dos estudos e trabalhos direcionados a reorganizações de suas habilidades sociais de enfrentamento.